sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ao som de Eleanor Rigby




No mosaico humano da cidade
Vejo  pessoas solitárias
Pontos coloridos que sonham
Encontros em meio a tantos pontos...

Sermões escritos que ninguém lerá
Grãos de arroz que não germinarão
Eleanor continua esperando
O brilho de algum olhar

Não quero que ela morra
Nem que Padre Mackenzie
Produza reflexões
A beira de seu túmulo

Quero que os pontos se encontrem...
Rostos emergirão
em meio a tanta solidão
saturados do frenesi da cidade!

"Olhe as pessoas solitárias"
"Olhe as pessoas solitárias"

Um comentário:

  1. Sabe quando regamos o jardim e aquelas florzinhas pequenas do jasmin vão caindo sob a pressão da água? Hora chegamos mais perto para que o perfume se espalhe, hora nos distanciamos para evitar que as flores caiam. "Perfume de carícia" , "orvalho de suor"...Foi assim que me senti quando fui chegando...
    Há algo muito belo florescendo por aqui; palavras que nos fazem por um pé no chão outro na lua;fazem-nos crianças a brincar com bonequinhas de porcelana;colocam-nos de joelhos, em oração diante de Deus... ou do espelho. Põem-nos parados no tempo, entre os "ponteiros", dançando ao som de Vivaldi com as meninas...Com "a menina dos vaga-lumes" acreditando serem eles estrelas caídas.
    Degustei lentamente Quintana e "o pão nosso de cada poesia". E Karl Marx na estante da astronomia? " É da minha natureza essa anarquia"...
    Bebendo "rastros e vinhos". Muito, muito lindo! Você é poeta, meu amigo! Como diria Manoel de Barros, "voa fora da asa" e nos faz voar junto."Pontos se encontram" por aqui.
    Grande beijo! Parabéns!
    Jacqueline

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