terça-feira, 4 de outubro de 2011

As Bombas Não Pensam


As bombas não pensam
Antigamente eram jogadas
Hoje são guiadas
Pelas mãos do deus
Que disfarçado de homem
Aperta botões
No porta-aviões

As bombas não pensam
Mas o deus disfarçado
Determina a hora e o lugar
do final da vida
Os jogos de video-game patriótico
Mostram os pontos correndo na estrada
Os pontos são seres humanos pensantes
Trasformados em pó
Pelas bombas que não pensam
E o deus disfarçado de homem
Torna ao pó aquilo que é do pó

As bombas não pensam
Sibilam rasgando o céu noite adentro
E entre esse ou aquele folguedo
Surprende crianças que pensavam
Nos monstro que provocam estrondos
O terror tem inúmeras faces
E o deus terrorista no porta-aviões
Sabe  coroar com a morte
Aqueles que eram anchos de futuro

As bombas não pensam
São recursos da guerra cirúrgica e precisa
Invadem nosso jantar
Em meio ao sorriso constipado
Do locutor do Jornal Nacional
Que cuidadoso disfarça a barbárie
Nas visão panorâmica
De um mapa digitalizado
Mas no meio do mapa real
A vida é mais crua
Tem sangue e lágrimas
Existe a pior das mortes
A morte do brinquedo e do chocolate

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