Um século de Quintana
Silêncio...vai passar o mestre das palavras
uma criança escrevendo
com a sopinha de letras.
Um anjo sem asas
reclamando que a vida
tem a mania de passar rápida
ao ritmo dos passos
de uma diligente preguiça.
O azul incontido dos olhos
derrama-se bondoso
pelas frases cortantes
e a nós resta montar na utopia
torcendo como um deus mortal
que continuemos acreditando
na verdade ilusória dos milagres
pois a crença é autofágica.
O pão nosso de cada poesia
nos dai hoje
para seguir viagem
e buscar o impossível.
O sorriso de Quintana
com os olhos marejados
de morte e eternidade
está a espreita...e nos avisa:
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"
Um mestre homenageando outro ;)
ResponderExcluirNarah
maravilhoso Erasmo, vc com o to que de Quintana é uma bênção.... eterna a alegria de conviver... inspirada em nosso mestre... abraços, adorável vc poeta!
ResponderExcluirQue belo. Uma justa homenagem a um mestre que soubve fabricar sentimentos com letras e nos transportar às dimensões universais do gênero humano.
ResponderExcluirMacário